domingo, 15 de maio de 2011

FAMÍLIAS ABENÇOADAS

FAMÍLIAS ABENÇOADAS
Gênesis 28.14b)

Desde Adão e Eva, a família forma a base fundamental da sociedade em todos os povos. Verdade é que as famílias sofreram fortes transformações em sua trajetória histórica, mas não perderam a essência divina: uma instituição criada por Deus. Conceitualmente a família é formada de um pai, mãe, filhos e, ainda de seus descendentes consaguíneos. Mas acima disso, a família é uma unidade espiritual.
A família é importante porque desempenha o papel de socialização dos indivíduos, seu comportamento ideológico ante os hábitos, costumes, valores e padrão de comportamento. Devido o contexto de laços entre seus membros, a família sustenta o sentido de pertencer ao outro como apoio em todos os momentos de sua existência. Sabe-se que o ser humano, em sua trajetória existencial tem a necessidade de pertencer a uma família e, dela fazer seu ponto de apoio, de valorização, de referência, de amor próprio, de autoestima, de confiança e de segurança nos caminhos que percorrerá.
Pela bíblia compreendemos grandes resultados para o significado de viver em família. Aprendemos com a família de Abraão e Ló em (Gênesis 12.1-2; 13.1-8), de Jó em (Jó 1.1-3,8; 42,12-17), do carcereiro em (Atos 16.25-33) e de Jesus Cristo em (Mateus 1.18-21). As lições destas famílias revelam importantes lições para nossas famílias hoje. Que desafios enfrentam nossas famílias? Somos famílias alicerçadas nos mandamentos de Deus? Somos famílias abençoadas?

Rubens Martins
rubensassessorialp@gmail.com

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A Ordem simbólica do e no sujeito

Althusser define que o sujeito se constitui na Ideologia simbólica. Tal simbolismo é responsável pela filiação à Ordem, que é o ser-do-Outro, conforme acentua Sartre. Por este, o sujeito, em estado de crescimento ou de ideologização se vê no ser-aí-no-Outro.
Constantemente o sujeito reproduz a Ordem ideológica. Para o sujeito no estado de gênero cabe seguir o processo que legitima os efeitos masculinos e femininos. Aos meninos (crianças) cumpre seguir os ritos de sua propriedade: usar a cor “azul”, falar “palavrões”, brincar de “carrinho”. Para as meninas (crianças), o gênero ideológico forma a Ordem por cumprir os ritos das “brincadeiras de boneca”, cuidar da “casa, ser “carinhosa”. Esse foco dá assentamento ao que todos os meninos e meninas fazem. Com isso, estabelece-se a Ordem no Outro. Sequencialmente o sujeito em gênero adulto (masculino ou feminino) reproduzirá tudo o que o Outro faz como ideologia reveladora do assujeitamento transitório.
Nesta Ordem simbólica, o sujeito transita no processo existencial, revelando-se no Outro. A este sujeito cumpre romper a Ordem para modernizar-se, vez que a transparência suscitada apenas legitima o sujeito como refém do Outro.
Constituído como um sujeito em Ideologia, o foco simbólico que se deve buscar reside no teor da discursividade. Modernizar a Ordem é transitar por ela sob o efeito flutuante da língua, da significação, da simbologia, da história (de meninos e meninas) em processo evolutivo, cujo foco se dá na interpretação da História, a qual deixa de ser Ordem para atualizar os sentidos do sujeito em estado de carência de viver em Si.
Notadamente a Ordem sempre constituirá a simbologia do e no sujeito. Mas ao sujeito em movimento e, sempre em busca de filiações ideológicas cumpre romper a tradição Ideológica (o Outro) para satisfazer seu Eu, que também se constitui de uma identidade transitória. Por isso e, em suma, tanto a Ideologia (a Ordem) quanto o sujeito (em busca do ser-aí-no-Outro) se constituem em processos transitórios devido a tentativa de transparência de ambos não encontrar legitimidade, apenas discursividade.

ARN-TO., 12/06/2011